segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Improbabilidades # 003
Quem seria? Não faço ideia, mas que me deu que pensar isso deu...
Aqui fica uma foto desse arquipélago:
domingo, 23 de novembro de 2008
Crookers
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Dedicado à Laurinha...
1) Uma das minhas cenas preferidas de sempre do cinema. O filme chama-se "Nowhere to Hide". O som é dos velhos Bee Gees com o tema "Holiday".
2) A sequência que mais me assustou, de sempre no cinema, até hoje.
3) Para rir agora...
do you wanna die???????????????? x))))
As melhoras ;)
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Outros Tops #001 - Noites no Lux
1- Crookers
2- Boys Noize (ontem)
3- Basement Jaxx
4- Boys Noize (2º concerto deles lá)
5- Moulinex Vs Xinobi
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Génese
Ele - Vens sair hoje?
Eu- Não. Amanhã tenho de ir cedo ao tribunal arbitrário
Ele- Manda-os para o caralho e deita fogo aquilo.
priceless x)))))))
Aí está....
Me aguardem x)))
(digam lá se não imaginam x))) )
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Shock To The System
Fiz um teste muito interessante sobre como sou em termos políticos/económicos/sociais.
Os resultados não me surpreenderam minimamente. Estou entre o Ralph Nader (o candidato que apoiaria nos EUA e em Portugal) e o Ghandi (o tipo que tinha mais olheiras que eu).
Cá vão eles:
Fiquei realmente fascinado com o resultado do Obama. x) LOOOOOOOOL
Bizk Zen Top #
1- Days Of Fire (feat. Natty) - Nitin Sawhney
2- Melodies & Desires - Lykke Li
3- Kids - MGMT
4- Galang - Mia
5- Scorpius - Midnight Juggernauts
Shock To The System #001
Sim, poderia ser Dante Alighieri e o seu Inferno. Mas não. Basicamente é o que deve estar no boletim municipal sobre o Bairro Alto e a razão porque se vê tanto polícia nas ruas. É PSP, Corpo de Intervenção, Polícia Municipal, Gratificados e PJ's infiltrados. E claro... grande parte deles altamente armados, com shotguns e metralhadoras. Só falta a GNR, que deve estar muito aborrecida por não poder participar na festa.
Engraçado é ver a cara dos estrangeiros na presença de tanto polícia. Mais seguros? Então não... aquilo nem parece nada a Serra Leoa, tal o aparato policial...
Só falta prenderem velhinhas que se encostam às paredes a colocar a laca...
Absurdo...
domingo, 9 de novembro de 2008
WTF? #001 - Buraka
Depois ainda tem a humildade de dizer que a culpa de terem perdido é dos portugueses. Preguiçosos e tal. Eu confesso. Não votei, tal como não voto no Festival da Eurovisão. Votar por apenas ser português - ou whatever that means? E se for Votar porque realmente eram os melhores?
De qualquer maneira, o segundo álbum deles é porreiro. Mas só isso. Não sou crítico musical, mas acho um álbum extremamente irregular. Há coisas muito boas (umas 2 músicas), outras interessantes (umas 3) e o resto é redundante. Se querem que vos diga, acho bem mais interessante o vosso EP.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Sobre as Eleições nos EUA
"go get a fucking green card you bunch of colonized bitches"
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Spin That Shit #002
"Then it all went slow motion, everything slow motion"
Spinomile #001
Opá...lol. Esta secção acomulará os nomes, expressões, frases bombásticas e hilariantes que a Svenska vai dizendo...É uma espécie de diccionário, mas sem definições...LOLOL
É que a Lena está sempre a dizer que eu não existo. Já eu digo que a Svenska é que não existe. Priceless x))))))
As últimas grandes criações/saídas:
Ofensas/Irritações
"Caralho foda o Caralho"
Fofonhas/Pipuxonas
Ainda melhor que Mafofo... Beibylino x)))))))
Momentos Zen #002
Priceless x)
Thin Red Line
Mas a noite não começou aí...
Acto I
Tal como tantas outras, esta noite começou com trabalho. Muito trabalho. Estamos no dia de Halloween e esta costuma ser uma das noites mais fortes do ano para um bar. Como tal, tudo é preparado muito mais cedo. Há decorações a fazer, trajes a preparar. Este ano, e ao contrário do anterior, não podia caprichar nas vestimentas. O facto de estar a trabalhar está intimamente ligado a isso. De qualquer maneira, mantive o mesmo espírito de anos anteriores e lá me mascarei. Eu nem diria mascarar, antes vestir uma t-shirt que me remetia para um baleado. O meu colega de balcão optou por uns rasgos na camisola à Freddy Krueger. Simples, mas muito eficaz.
Lá para as 2 da manhã, e após centenas de bebidas preparadas, o bar fechou, e aí sim começava a noite para nós. Muita gente teima em comentar as minhas olheiras, reprimindo a minha conduta de pouco dormir. Não querendo explicar detalhadamente, o certo é que ter dois empregos faz-nos desejar ter uns momentos de lazer, nem que seja para desanuviar e estar connosco próprio. Por isso, e após o trabalho, costumo sempre sair. Seja um mero copo, um simples café, ou assistir a um concerto ou DJ set, o certo é que preciso. Pior que o stress físico é o mental inerente a dois empregos e isso é que não deixo acontecer.
E lá fomos nós para o Lux, o único local da noite onde me sinto verdadeiramente bem. Contudo, e antes disso, começam as peripécias da noite. Primeiro a confrontação com um bando de idiotas bêbados que perseguia um pombo aleijado. A culpa aqui é completamente social. Desde cedo que somos desculpados por quase tudo quando bebemos. “Ah, eu estava bêbado por isso é que curti com aquela gaja que não faço ideia quem era”. “Ah, ontem estava mais agressivo e dei chapadas indiscriminadamente porque estava com os copos”. “Pois, nós perseguimos um pombo doente porque tínhamos bebidos demais”. Bando de imbecis é o que chamo a estas pessoas. A única coisa que é verdadeiramente condenada a 100%, pela sociedade é caso se beba e conduza. Nada de errado.
Para tudo o resto, o álcool serve como atenuante. Se querem que vos diga, os gajos que perseguiram o pombo aleijado mereciam partir os cornos numa ravina e cair num buraco cheio de silvas. Que bando de idiotas!!
Acto II
Depois desta situação seguimos para o carro. Aí notamos que a falta de óleo nos travões era por demais evidente. Na saída para o Lux, vindo da Infante Dom Henrique, só conseguimos travar o carro em cima de um passeio. Enfim... adiante... Toca a estacionar.
À porta ouço elogios por causa da minha barba. É definitivo, é quase unânime. Fico melhor com barba...
Já no Lux bebemos mais uns copos, dançamos mais um bocadinho e conversamos bastante. Na hora de ir para casa o Nuno repara que a sua carteira tinha desaparecido. Pelo meio ainda encontro pessoas que se calhar não devia ter visto e que nunca estiveram no Lux nessa noite.
Mais de 40 minutos depois de começar a procurar a carteira, esta lá apareceu. O dono estava em êxtase e chegou mesmo a beijar e lamber a carteira. Hilariante. O certo é que sempre que perdemos a carteira nem pensamos muito no dinheiro que lá tínhamos. O pior são os documentos. Reencontrá-la foi fabuloso. Foi orgásmico.
Entre empurrões e abraços, alcoolicamente alegres, lá seguimos para a nossa roulotte de estimação em busca do Hambúrguer prometido – “The One”. Mas esta já estava fechada. Cabisbaixos lá vamos nós.
Acto III
- Vamos ao Europa, diz o Nuno.
- Deves estar é maluco, digo eu.
Detesto gastar dinheiro estupidamente e sabia que se fosse ao after hours do Europa iria gastar 10 euros por um mau vodka, num mau ambiente ao som de má música. Não gosto de aquilo, ponto final.
Já dentro do carro seguimos para casa. Uns escassos metros após um semáforo, e na nossa faixa, de frente, um taxista distraído, passa um traço continuo e tem uma colisão frontal connosco. O nosso carro perde a direcção, patina um pouco e amocha num sinal de trânsito, bem perto de um candeeiro. A primeira reacção após um acidente destes é um longo suspiro. Também se costuma dizer que foi tudo muito rápido, mas o certo é que aqueles segundos entre o estrondo, o patinar no asfalto e o bater no sinal foram sentidos em câmara lenta.
Lembro-me que pensei em 200 coisas diferentes nesses escassos segundos. Da minha mãe, ao meu boné... tudo veio à minha mente.
E por falar em boné, de uma maneira muito “Signs” – do género, não há coincidências”, finalmente entendi porque o uso constantemente, faça chuva ou sol, calor ou frio. Basicamente foi a pala ultra dura do meu boné de 3 € que me impediu de bater com a cabeça num vidro e ficar ainda mais avariado do que já sou.
Obviamente que nem houve sequer discussão da responsabilidade do acidente, visto que o senhor taxista, idoso e nitidamente com tremores Parkinson, passou um traço contínuo e chocou de frente na nossa faixa.
O certo é que o carro ficou todo espatifado. O capôt descaiu, o para lamas foi parar alguns metros à frente, os espelhos kaput... Em nós nem havia um arranhão, felizmente, e durante a assinatura do acordo amigável ainda houve tempo para comer um croissant que selou uma noite diferente...
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Ideias para viagens #002 - Flint (EUA)
Esta cidade, cuja economia foi arrasada pela transferência da fábrica da General Motors para o México, vive tempos difíceis e como tal bem que dava jeito algum dinheiro proveniente do turismo.
E já que eu e os meus colegas do bar onde trabalho no bairro não podemos lá ir - pois seriamos acusados de conduta imprópria, sugiro que todos vocês vão....
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
News of The World #002
Sorry, mas ri-me tanto com esta notícia como quando se dizia maminhas nos tempos da 1ª classe
"A Justiça francesa confirmou a extradição para Portugal do alegado homicida do empresário António Figueira, disse esta quinta-feira à Agência Lusa o advogado do arguido.
A extradição para Portugal do cidadão francês Marc Lastavel foi esta quinta-feira comunicada pelo Tribunal de Pau a Antonin Le Corno, advogado de defesa do arguido."
Fashion By Bizk #001
Bizk Zen Top # 001
1- "Kids" - MGMT
2- "Lights and Music" - Cut Copy
3- "Sound of Kuduro" - BSS & MIA
4- "Left Behind" - CSS
5- It's good to be in Love - Frou Frou
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Pimp My Lunch #002
Sempre com o meu Zen atrás, e carregado com um valente Bacalhau com Natas, um pão, uma baba de camelo e um Bongo (o sumo rei da selva), que acabara de adquirir no supermercado Modelo, lá procurava um sítio para me sentar e almoçar.
Hoje não me apetecia andar muito e como tal procurava apenas um lugar calmo, mas não mortiço. A escolha recaiu sobre a Rotunda de Entrecampos e mesmo estando frio, o facto de me poder sentar na relva, olhar para um milhar de carros à minha volta em vidas super apressadas, enquanto ouvia musica, parecia-me suficiente para gostar do momento. Ainda por cima, não estava assim tanto frio e nem se adivinhava chuva.
A parte mais complicada de todo este processo é atravessar uma rotunda, quando se é peão. Eu adoro rotundas e aqueles passeios que dividem as estradas. Todos eles parecem ilhas e por isso até já baptizei um desses passeios (mesmo ao pé do “Lux”) de “Lost”. Não me perguntem porque gosto particularmente destes espaços, o certo é que fascinam e adoro sentar-me e comer neles. Especialmente se tiver um leitor de mp3 comigo. É fascinante. Parece que saímos um bocadinho do mundo e o ficamos a ver numa perspectiva à parte. Ali o nosso tempo está parado, enquanto observamos a azáfama geral em nosso torno.
Enquanto lá estava a almoçar, reparei numa discussão entre um dono de um quiosque e o dono de um carro que estacionou mesmo à entrada da sua propriedade. Também notei em alguns estrangeiros que tiravam umas fotos à estátua e a mim, pois no meio daquela praça não é comum ver uma única pessoa a conviver. Aliás, não entendo muito bem porque ainda se chama Praça de Entrecampos (mesmo que seja um topónimo não oficial). A definição primária de praça remete-nos para um espaço público urbano livre de edificações e que propicie a convivência e/ou recreação para seus usuários. O certo é que nos últimos 10 anos tenho frequentemente estado a trabalhar perto desta “praça” e nunca vi ninguém lá - mesmo no seu núcleo.
De vez em quando ainda observo algumas pessoas a tirar fotografias à estátua, uma das mais belas de Lisboa, mas atravessarem a estrada e colocarem-se bem no meio como eu o fiz, nunca o vi até hoje.
Prossegui o meu almoço reparando detalhadamente em todos os elementos que me rodeavam. Para quem não sabe, a estátua colocada mesmo no centro da dita praça é uma homenagem aos heróis da guerra peninsular (invasões francesas) e é tão detalhada e bela que por momentos me perdi focado noutros tempos.
Os minutos foram passando e as vidas continuavam stressadíssimas em meu redor. Coloquei tudo dentro do saco e cuidadosamente levantei-me e atravessei a estrada. Deitei tudo para o lixo e pensei para mim mesmo. Gostei! Tenho de repetir....
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Aborrece-me #001
Sem querer ter um discurso demasiado prolixo (tinha de colocar aqui esta palavra – símbolo máximo da luta contra a PGA em 1992), umas das coisas que mais me aborrece na língua portuguesa é que, apesar de ser extremamente rica em vocabulário (dizem os fãs), é demasiado burocrática. Mas nem outra coisa seria de esperar, visto que todos nós desde crianças somos assombrados pela morosidade de procedimentos em quase tudo. (9 meses para nascer??)
De qualquer maneira, não vou estar aqui a criticar a língua, nem a boa ou má forma como ela é aplicada. E não o faço, não porque daria certamente para várias teses de mestrado e anos de discussão, mas simplesmente porque não me apetece. Aborrece-me
Assim sendo, vou antes falar de outras coisas que me irritam de sobremaneira.
A forma unidimensional como certas palavras são utilizadas.
Circunscrito. Eu comparo o uso desta palavra às andorinhas ou ursos, ou seja... é sazonal. Enquanto não há incêndios, e sendo estes na sua maioria na Primavera e Verão, a palavra circunscrito está em hibernação. Ok. Não é bem assim. Nos relatos televisivos, em pleno Inverno se for preciso, a palavra é utilizada para descrever a trajectória da bola. Mas o futebol é um universo à parte. Lá são utilizadas palavras que desde as Cantigas de Amigo & Amor não viam a luz do dia. É tipo universo paralelo da banda-desenhada.
Mas porque diabo não usamos circunscrever no nosso dia a dia com maior frequência? Por exemplo: porque não usamos para descrever um acto de carinho, estilo “Circunscrevi a minha namorada de beijos”. Ou, se quisermos ser mais hardcore e entrar no calão, “circunscrevi-a de bondage até à quinta casa decimal” ou “Circunscrevi-lhe a tromba à cabeçada”... Acho bastante limitado o carácter sazonal da palavra e como tal acho que devíamos lutar pela sua maior utilização. (Invoco aos senhores taxistas que a usem mais nas discussões de trânsito)
A transformação de uma palavra que de base era positiva numa expressão negativa por natureza.
Insurgente. Esta palavra hoje em dia é simplesmente utilizada para descrever quem está contra os EUA e aliados no Iraque. Resultado? Esta palavra apenas tem uma conotação negativa nos dias que correm.
Outrora ela era bem vista, especialmente quando as pessoas se insurgiam contra a ditadura. Porém, se hoje escrevermos isoladamente a palavra, ela é negativa. Se adicionarmos algo fixe e super/mega democrata, ela pode melhorar. Para além disso, e ainda dentro desta alínea (mas entrando já no ponto C também), já repararam que a expressão guerrilheiros desapareceu? Antigamente havia uma clara separação entre guerrilheiros e terroristas. Essa separação era feita consoante quem apoiamos, ou não. Assim, Xanana era líder dos guerrilheiros timorenses e o Sendero Luminoso um grupo terrorista da pior espécie. Agora só há terroristas e Insurgentes, que no fundo também são terroristas. Bem... já só há terroristas. Ponto final.
O desaparecimento de certos termos no uso quotidiano
E daqui seguimos para outra palavra. Esta é já muito pouco utilizada nos dias que correm, o que é penoso porque é claramente um termo pujante de sentimentos. Falo de Arreliar. “Ai, estou tão arreliada!!”. Lá dizia a minha avó.
Contudo, nos dias de hoje pouca gente usa a expressão. Curiosamente, a última vez que ouvi isto foi na sua forma “não me arrelies”. Achei brilhante, e num estilo que ia fascinar Marcel Proust, fui remetido para a minha infância. Posteriormente tenho tentado a todo o custo reintroduzir a palavra junto dos meus amigos.
Ainda no outro dia disse a uma amiga, que só se sabia queixar dos homens e do sexo que tinha com eles, “acho que és uma pessoa arreliada sexualmente”. E sempre que estou chateado e me perguntam o que tenho, lá digo... Estou arreliado. Ah pois estou. Ainda ontem o meu clube levou 5-0.
Acho que deviam fazer o mesmo.
Até mais
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Discovery Channel #001
Os Beastie Boys, Adam "Ad-Rock" Horovitz e Mike "Mike D" Diamond participam neste vídeo. Encontrem-nos :P x)
Fiéis à moda de Kusturica....
Já quando namorava uma rapariga da margem sul, e andava muito na noite, tinha a noção que é neste período que ocorrem as histórias mais bizarras. E quando evoco a expressão bizarra, há sempre que tomar em consideração que sou o rei da improbabilidade. Assim sendo, quando lêem esta expressão num texto meu devem ter em consideração que na realidade os eventos são elevados ao quadrado e multiplicados por 10 em termos de estranheza.
Aos domingos costumo estar sozinho a trabalhar num bar do bairro alto. Por norma, esta é uma noite bastante calma, ainda que seja impossível prever a quantidade de clientes que vou ter.
Se for preciso, durante a noite vejo uma mão cheia de almas, mas também pode acontecer encher o bar e eu andar feito doido a atender toda a gente.
Porém, ontem, a noite foi completamente estranha, recheada de personagens surreais e eventos non-sense do melhor.
Para começar, e em termos de preparativos para abrir o bar, foi muito mais fácil que é costume. Já havia limas cortadas, não faltavam morangos nem hortelã, e até havia todo o tipo de garrafas.
Como tal, foi fácil e rápido a abertura. Primeiramente vêm os clientes habituais, uma série de amigos e dois ou três clientes de passagem. Nada de mais. Meia dúzia de imperiais, uma caipirinha aqui, outra ali e muito espaço para a conversa. Acompanhado pela Cátia, ia fazendo umas bebidas, estando esta absolutamente fascinada pelo meu manejo do Shaker, comparando-me mesmo a Tom Cruise em “Cocktail”. Talvez um dia me dedique também à cientologia x)
A senhora que costuma fazer a limpeza do nosso bar, a nossa querida dona Graça, também apareceu ontem, naturalmente para cobrar o que lhe tinha prometido no dia anterior: o cd de Regina Spektor, “Begin to Hope”. É fascinante ver pessoas de gerações tão diferentes (a senhora tem 60 anos) se apaixonam pela Regina e pela sua voz doce.
A certa altura entramos no período bizarro. Em primeiro lugar entra um grupo de malta que consideraria típica de encontrar no Chapitô ou no Adamastor. Provavelmente Erasmus, cobertos de rastas, bonés e outros gadgets característicos que indiciam um determinado estilo de vida. Literalmente montam a barraca equando digo literalmente é mesmo literalmente. Ocupam uma parte do bar, tiram um verdadeiro Kit de fumos e quase que ia jurar que iam montando um estendal. Com eles vinha um cão, faltando apenas um pato, um bando de cabras e uma banda para serem umas verdadeiras personagens de um filme de Emir Kusturica.
El Perro
Diz a lei que os cães tem de ficar na rua e eu fiz questão de lhes dizer isso mesmo. Sem qualquer tipo de problemas acedem ao meu pedido, deixando uma verdadeira fera (um cão pequeníssimo) na entrada do bar. E aí ele ficou, timidamente deitado.
Entre cheiros estranhíssimos vindos da mesa dos seus donos, há alguns que conseguia identificar. Uns claramente eram de ervas, outros de cabelos queimados (???). O bar estava transformado numa espécie de Boom Festival, e eu até estava a achar piada, pois no domingo ter muita gente num bar é algo sempre bom.
Passado uns minutos começa a chegar mais gente, sempre da mesma maneira. Primeiro ficavam fascinados pelo “nosso” suposto cão de guarda, depois reparavam no placard dos preços e entravam.
O grupo que se seguiu era constituído por alemães, todos “corridos” a Mojitos e Gin Tónico. Quando dou por mim, este quarteto de alemães tinha-se posicionado perto de uma mesa só para duas pessoas, mas em vez de puxarem mais dois bancos, decidem literalmente (aqui vamos nós outra vez) deitar-se no chão do bar. Menos para eu limpar, pensei eu.
Segundos depois, e estando eu ainda ocupado mentalmente com o que estava a suceder à minha volta (parecia um filme de Paul Thomas Anderson, com segundos e “terceiros” planos de acção intensos), entra um grupo de americanos, logo seguidos de um grupo de belgas da zona flamenga. Pelo meio ainda havia um ou outro português, mas claramente ontem foi uma noite muito internacional. Até parece que estou a descrever a volta a França...lol.
Por entre os donos do cão que continuavam a fumar coisas estranhíssimas e a beber caipirinhas, os alemães dos Mojitos e Gin Tónico deitados, um casal do grupo dos americanos decide ir para a casa de banho fornicar. Curiosamente, eu nem me apercebi de nada (só no fim da noite me confidenciaram), pois estava embrenhado em fazer bebidas e estupefacto pelo “Carnivale” que o bar parecia se ter transformado.
O Bêbado Bipolar
Já com os alemães de saída, e sem os donos do cão, chega o elemento mais comum de encontrar num bar: o bêbado da noite. Primeiramente, e de forma cordial, começa por pedir uma imperial e pergunta onde é a casa de banho. Eu respondo a tudo e tiro a imperial.
Quando regressa da casa de banho acusa-me a mim e a todos os que trabalham em bares de “andar a espalhar a doença”. Qual doença, perguntam vocês. Não sei. Confesso que não faço a mais pequena ideia do que ele dizia.
Mais uns minutos de conversa non-sense e sou questionado de onde são os meus pais e avós. Daqui, digo eu, ao que ele replica com um violento “Não são nada”. A partir daqui as variações de humor desta personagem são cada vez mais intensas, variando entre a suavidade e humildade das palavras com gritos e murros no balcão.
É nestes momentos que reparo como mudei nos últimos meses. Outrora muito mais instintivo, hoje em dia aguento mais conversa de bêbado, sempre com o objectivo de que se tiver de haver merda (a.k.a. porrada), tudo farei para nunca ser no local onde trabalho. Já com a minha quota de pachorra nos limites, tal como a do nosso segurança, deixamos o homem barafustar até se cansar e decidir ir embora. E lá foi ele com a maior calma e descontracção do mundo, como se minutos antes não tivesse tido um violento momento de raiva descarregada no balcão.
O momento "Clerks" da noite
Posto isto, já pouco mais poderia acontecer. A não ser que entre amigos surja uma conversa sobre o Second Life. Inicialmente nem estava a entender do que estavam a falar, pois estava a trabalhar e concentrado no que estava a fazer (para variar).
Entrei na conversa no momento em que ouvi dizer que alguém não tinha casa por não ter pago a renda. Inicialmente pensei que estávamos a falar do mundo real e de um verdadeiro drama humano, e por isso prestei mais atenção. Porém, eles estavam a falar mesmo de mundos virtuais, onde a Sara era sereia, uma verdadeira atracção turística não remunerada e gostava de ver o nascer do sol na varanda da sua casa ao pé dos corais.
E não me posso esquecer da melhor. Uma amiga espanhola da Sara tinha namorado no Second Life com o qual dividia a renda da casa (sim, ainda no "jogo"). Um dia chega ao seu lar e encontrou-o na cama com uma gaja qualquer que ele também conheceu lá. Consta que a moça ficou mesmo abalada.(???)
Em primeiro lugar, imaginem que não estão a falar do Second Life e apanham esta conversa a meio. A vossa primeira reacção é, “Meu Deus, a moça endoidou”. Contudo, e já contextualizado, tudo faz muito mais sentido. Ou talvez não. Esqueçam. Tudo é muito bizarro na mesma.
A conversa começa a descambar e começamos a discutir temáticas como, o que é que as sereias comem? Se comem peixes são canibais, e lá se vai todo o encanto que têm. Será que só comem algas? Não pode ser. Teriam problemas nutricionais. Com tanto sal na água, não têm problemas de hipertensão? Como vêem, questões muito incisivas.
Já numa perspectiva de capitalismo selvagem imaginamos abrir uma fábrica de conservas de sereia e todo um mundo de caudas diferentes fashion que lhes podemos vender. Enfim. Conversa de parvos, extremamente hilariante.
A noite lá termina, pelas duas da manhã, e toca de limpar a casa. Como memórias, fica o fascínio pelo barman que manejava o shaker à Tom Cruise, o grupo que fumava tudo (cabelo incluído) e tinha um cão, os alemães que gostavam de se deitar no chão a beber Mojitos e Gin, os americanos que decidiram amar-se (ou whatever turns you on) na casa de banho, o bêbado bipolar e uma conversa sobre sereias no Second Life.
Uma noite diferente, mas muito...muito divertida.
A repetir...
Extra: Qualquer noite bizarra/divertida tem direito a banda sonora. Aqui fica ela, em forma EP.
Fidelity- Regina Spektor
Shh - Frou Frou
Mouthwash - Kate Nash
That’s Not My Name-The Ting Tings
Kids – MGMT
Galvanize - Chemical Brothers
Galang - MIA
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Bizk'o shop - Exotic Asia Market
Finalmente consegui uma boleia para o meu supermercado preferido na zona de Lisboa. Situado em Sacavém, o Exotic Asia Market dispõe de "carradas" de produtos chineses, indianos, japoneses, tailandeses e coreanos (infelizmente em pouca quantidade).
Quanto às compras, nada de novo. Rebuçados de Gengibre (sou viciado e comprei 2 toneladas), Chá de Gengibre, Sumo de Lichias, Mirin, Óstias de Camarão e Bolinhos da Sorte...
Aliás, já tenho a sorte para hoje. "Beauty is in the eye of the beholder"...
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
News of the World - #001 Eleições no Brasil
Para quem não sabe, este é o nome de um dos melhores jornais dos últimos 50 milhões de anos (há relatos que no Mesozóico havia um jornal ainda melhor - eu tenho duvidas). De qualquer maneira, e de forma a eternizar o nome desta publicação, decidi criar esta rubrica, onde irei mostrar as notícias que mais me fascinaram...
E começo por falar da processo eleitoral mais fascinante do planeta. Ao contrário do que poderiam pensar, não vou falar dos Estados Unidos da América, mas sim do Brasil.
Estamos à beira de eleições autárquicas e ao contrário de Portugal, por lá os candidatos podem adoptar um nome artístico. Assim, e como candidatos, tivemos nomes como: Bill Clinton, Jorge Bushi, DJ Saddam, John Bin Laden, Chico Bin Laden, Luis Bin Laden e pelo menos seis Barack Obama. Para além destes nomes, tivemos outros de igual qualidade criativa, como: Alemão na Ambulância, Jipe Johnny, Kung Fu Gordo e O Segundo Rei dos Gambás
Genial
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Momentos Zen #001
O Porto acabou de perder 1-0 em casa com o Dinamo de Kiev. Costuma-se gozar com os jogadores da bola devido à sua falta de cultura geral..etc.
Porém, e na SPORT TV, surgiu uma preciosidade...
O repórter vira-se para Nuno e diz:
- Então? O Porto continua-se a dar mal com os russos?
Resposta do Nuno
- Mas estes são ucrânianos....
priceless x)
Ideias para Viagens: #001 Antártida
Já tinha falado deste destino fantástico noutro blog. Como decidi fazer o último, e derradeiro blog, decidi repetir aqui o destino.
Não imagino a hora em que possa ir lá, abrir aquela porta, estar de boné e carregar nas mãos um daqueles puzzles de 5 milhões de peças...
É quase um sonho tão grande como jogar futebol no Brás & Brás tendo dois vasos Ming como postes da baliza.
Some Woman Opens the Door to Hell in Antarctica |
At least it's supposed to warm up tomorrow. It's gonna be -83. |
Pimp My Lunch - Episódio Piloto #000
Ao contrário do que podem esperar, esta rubrica não irá falar sobre as megas operações gastronómicas ou culinárias que desenvolvo. Isso ficará para outra secção.
Aqui vou falar essencialmente dos sítios onde almoço. A maioria certamente vai pensar que vou para aqui começar a debitar restaurantes "cool", ou "baratos", ou "trendy" ou "whatever". No fundo, esta rubrica também não é sobre isso.
Basicamente tudo se resume a um espaço onde irei escrever sobre os sítios onde fui almoçar, e que dificilmente alguém iria sem um outro motivo. Por exemplo: eu trabalho no Campo Grande e por natureza almoçaria aqui na zona. Porém decidi ir a um sítio que ninguém iria simplesmente para almoçar.
Eu fui, e o episódio piloto desta semana é sobre o meu almoço num café da Quinta da Fonte (Loures).
Como novato que sou nestas andanças, e como só depois do almoço decidi escrever sobre isso, nem o nome do Café sei onde fui almoçar. Posso descrever que cheguei ao Campo Grande com o objectivo de apanhar um autocarro para Sacavém. A ideia era ir ao "Exotic Supermarket" fazer umas comprinhas. Porém, e chegado ao Campo Grande, reparo que existe um autocarro no sentido Quinta da Fonte. Imediatamente pensei, "ora aqui está um sítio diferente para almoçares". Sem hesitações, até porque estes autocarros não esperam para além da hora de partida, entrei. Paguei o bilhete e lá fui.
Chegado lá, entrei basicamente no primeiro café que encontrei e pedi um miniprato. O orçamento era de 10 euros, e por apenas 6€ comi feijoada, um pão, bebi seven-up e café. Não estava nada mau, e pouco mais de 25 minutos depois de chegar já estava a apanhar o autocarro no sentido inverso.
Não vi gente mal encarada, nem quezílias, nem nada. Apenas um sítio, como tantos outros. Um dormitório suburbano.
Amanhã ou depois há mais... Ou talvez não....
Prólogo
Costumam dizer que eu não existo. Outros dizem que sou o rei da improbabilidade. Outros ainda dizem que desperdiço talento, um dom, whatever...
Ao certo não sei bem o que é que sou, nem o que não sou. E o pior disto tudo, ou melhor, confesso que não sei, é que simplesmente me estou a borrifar.
Este blogue é sobre isso... Sobre tudo e sobre nada. São estórias apenas... Não tentem fazer isto em casa