quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sobre as Eleições nos EUA

Eu jurei que não ia dizer nada, porque não me interessa minimamente o assunto. Mas as mensagens no msn, facebook, etc, que muitas pessoas têm só demonstram um desejo quase colonial de viverem sobre as ilusões das estrelas e das listas. E para essas pessoas deixo aqui uma frase em "americano" para que entendam a minha irritação...

"go get a fucking green card you bunch of colonized bitches"

7 comentários:

Laura Moreira disse...

só não percebi a das "listas"...estrelas e listas?
hum?

Jorge Pereira disse...

ver bandeira dos EUA

Laura Moreira disse...

haaaaaaaaaaaaaaaaaa. as riscas =D

Rosallis disse...

Eu por acaso pensava que se dizia "listras" mas de facto encontro em diversos sites, como a wikipédia, escrito "listas". É um erro comum ou diz-se de facto "listas"?

Quanto ao Obama, nothing new, os Estados Unidos já nos habituaram a este sistema de rotatividade: vem um republicano partir a loiça toda mundo fora e financiar a maquina militar e depois, para garantir boas relações com a Europa (e o resto do mundo), trazem um período democrata a meter os paninhos quentes, depois volta-se a partir a loiça toda outra vez! :D
Isto é tal e qual como o império Romano, há que financiar o exercito ou o Império acaba por ruir.
No caso concreto do Bush, a popularidade dos Estados Unidos caiu tanto que foi preciso uma manobra de marketing colossal.
Poucos são os que não apoiam mais que um preto para a presidência.

Rosallis disse...

Errata: poucos são os que apoiam mais do que um preto à presidência.

X))

Babe disse...

Obama: o Obama é preto, nasceu no estrangeiro (o Hawaii é tão a América como a Martinica é a França...), é filho de um africano verdadeiro, o que faz dele o verdadeiro Afro-Americano; Viveu em vários países, sob culturas variadas; e escolheu, ainda que muito novo, viver nos Estados Unidos, ser Americano. Não é o nigga' do bairro de lata, nem do sul, nem do caneco, foi para Oxford.
Embora tudo isto pese, icónica e simbolicamente, num país como os EUA, não é daí que vem a histeria internacional com o senhor: O Obama deixa-nos, a nós senhores-de-toda-a-sapiência-de-900-anos, fazer uma coisa que sempre gostámos de fazer de que estávamos impedidos desde que o senhor Reagan ocupou a alegre casinha branquinha - O Obama deixa-nos gostar dos Estados Unidos outra vez.
Os EUA do Plano Marshal, os Eua do New Deal, os EUA do primeiro 1º de Maio, os EUA do Bobby Kennedy, os EUA da Literatura e Arte e profundas contradições, os EUA que fizeram o Le Monde ocupar a 1ª página da edição do dia 12 de Setembro de 2001 com um fantástico "Nous sommes tous Américains".
O Velho Continente tem os pruridos de um adolescente em relação aos EUA... "humm, não gosto de ti porque sim".... O velho continente tem uma civilização adolescente - os nossos 3000 anos ao lado dos 8000 indianos - que se recusa, como todos os adolescentes a aceitar o novo ("vivó trostki!"), ou o que escapa ao absolutamente padronizado ("ui, mãe, mas porque é que não podes ser como as outras mães todas?!").
Pá, afinal o que é que é tão absolutamente chato nos EUA?

Sara disse...

Sara, babe, tiro-te o chapéu e aplaudo-te de pé! clap clap clap clap!